Normalmente, a cirurgia bariátrica (redução de estômago) é a última alternativa para o tratamento da obesidade, devendo ser considerada em indivíduos com IMC ≥ 35 kg/m2 que não tenham tido sucesso em tentativas anteriores de tratamento convencional com modificação de estilo de vida (dieta e atividade física) associados ou não ao uso de medicamentos específicos aprovados para redução do peso. A presença de uma ou mais doenças associadas ao excesso de gordura corporal deve ser levada em consideração para a indicação da cirurgia, incluindo: diabetes tipo 2, síndrome de apneia obstrutiva do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, síndrome de obesidade-hipoventilação, síndrome de Pickwick, doença hepática gordurosa não alcoólica (esteatose hepática – gordura no fígado), esteatohepatite não alcoólica, pseudotumor cerebral (aumento da pressão intracraniana), doença do refluxo gastroesofágico, asma brônquica, insuficiência venosa crônica, incontinência urinária severa, doença articular debilitante e prejuízo da qualidade de vida.
A cirurgia bariátrica também pode ser considerada em casos selecionados de pacientes com IMC entre 30 a 34,9 kg/m2 em portadores de síndrome metabólica e diabetes tipo 2 mal controlado. Indivíduos de etnia asiática que costumam ter repercussões negativas mais importantes do excesso de gordura corporal podem ser considerados para cirurgia com patamar de peso mais baixos.